quarta-feira, 20 de julho de 2011

Análise: F.E.A.R 3

By Pedro Galani
Olha a ironia! Essa é a nossa postagem nº 666!
Análise: F.E.A.R 3
"Call of Duty: Modern WarFEAR"
Até pouco tempo atrás, FPS´s eram vistos, em geral apenas como jogos de tiro com muitos oponentes humanos e deveriam ser derrotados com um grande arsenal.
Em 2005, F.E.A.R chegou para mudar esse conceito, e mesclar ação com horror, e claro, obteve sucesso. O pessoal que se apegou a série se decepcionou com F.E.A.R 2, pois os sustos foram deixados de lado e o foco acabou sendo muito tiroteio.
Neste ano, chegou o terceiro game da franquia, que definitivamente não consegue reconquistar os fãs do primeiro título, mas ainda sim, é bacana de jogar.
O jogo continua seguindo a história principal e te coloca na pele de PointMan, do primeiro game. Vários elementos importantes da história são revelados e o enredo não deixa a desejar.
De fato, falar de F.E.A.R 3 não é falar da melhor qualidade técnica que se tem disponível atualmente. Os gráficos, de longe, não estão ruins, e a modelagem dos personagens, mesmo longe de perfeita, está boa. Porém, quando chegamos perto das texturas, é aí que fica feio. Todas elas, sem excessão são de baixa qualidade, e algumas cinematics acabam deixando isso na cara, quando a câmera se aproxima muito de um determinado elemento.
A produtora utilizou uma técnica já ultrapassada, mas que até hoje é bastante usada, o "blur", que embaça um pouco os objetos sem foco enquanto você se move, para disfarçar as texturas ruins, mas a Day 1 parece ter exagerado na dose, fazendo com que em alguns momentos, você veja toda a tela embaçada, e parece que vai ter que usar bons óculos.
O gameplay de F.E.A.R 3 está realmente muito bom. Conforme o tempo vai passando e os inimigos morrendo, você sobe de nível e desbloqueia novas cartas na manga, como uma em que seu personagem desliza pelo chão matando o alvo.
Ainda temos um sistema de cobertura que raramente é usado em jogos de tiro em primeira pessoa, e que é muito eficaz e te dá uma boa liberadade, podendo abaixar, levantar, ou atirar ainda com a cobertura para esquerda ou direita, seria ótimo se os novos jogos FPS tivessem esse atributo.
Se você se borra jogando sozinho, o game ainda tem um modo cooperativo, que pode ser jogado online ou até mesmo em tela dividida, com seu amigo logo a seu lado. Os irmãos dos primeiros dois jogos se unem para matar todo o pessoal. Além disso, há modos em que é preciso correr que nem um louco para fugir e o clássico "ondas de inimigos", onde é necessário simplesmente sobreviver aos vários grupos de alvos que vão chegando e ficando ainda mais fortes.
O terror infelizmente não prevalece, e parece que estamos vendo o segundo game. F.E.A.R 3 tem muito mais ação, principalmente nas primeiras duas horas. É claro, há sustos de vez em quando e não podemos chegar a dizer que F.E.A.R virou Call of Duty (mas é quase isso...), porém com certeza faltou horror.
Está procurando dificuldade? Uma dica, coloque no modo mais difícil, pois no easy e normal, a inteligência artificial faz os soldados parecerem jegues, e mesmo que fique parado na frente deles, uns 10 segundos serão necessários para que eles tem matem.
Pra quem não sabe, o início da trama é aqui no Brasil, mas sem dúvida alguma, a Warner Bros. e a Day 1 Studios cometeram um grande vexame na pesquisa sobre nosso país. Durante vários momentos, os personagens falam em espanhol e embora algumas placas estejam em português, cerca de 50% delas estão na língua de nossos hermanos. É lamentável ver como duas grandíssimas empresas conseguem cometer tamanho erro.
Olha, parece até irônico falar de diversão em um game de horror, correto? Mas vamos ver diversão como...vontade de jogar mais, ok? Pois bem, vendo diversão por este lado, F.E.A.R 3 não decepciona, e as funções muito legais dos irmãos, como aplicar slow motions, dar ataques de meele variados e muitos outros.
Além disso, o modo cooperativo, seja em split screen, seja pela internet, é ótimo, e com certeza se você tiver um microfone e um amigo perto, a diversão está 100% garantida! Ainda mais se prosseguirem por toda a campanha juntos. Fica realmente bacana.
Como uma boa parte dos elementos no jogo, o áudio é genérico, e os sustos causados por batidas ou coisas do tipo ficam repetitivos.
A dublagem das pessoas brazucas pela favela é altamente decepcionante, e em alguns momentos, é até complicado saber o que diabos aquele cara está falando. Faltou capricho aqui.
F.E.A.R 3, assim como seu antecessor, tem 80% ação, 20% sustos e está longe de ser perfeito. Os problemas com texturas, inteligência artificial de todos os inimigos e a pesquisa aparentemente precária da Warner pelo país, levando a nossa gente falar em espanhol, não podem passar batidos e sim, influenciam na avaliação final. Todavia, o modo para até 4 jogadores é bem divertido e passar pela campanha toda, sozinho ou com um amigo, não é castigo pra ninguém.
Apresentação: 9.0
Gráficos: 7.0
Jogabilidade: 8.0
Áudio: 7.5
Diversão: 9.0
NOTA FINAL: 8.0

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