Sim, todo mundo nesse jogo tem nariz de tomate |
Análise: Brink
Poderia ter ficado apenas no papel
Poderia ter ficado apenas no papel
Quando Brink foi apresentado, o projeto era realmente interessante, mostrando estar perto de evelar à outro patamar a ação e personalidade de jogos de FPS. Vamos conferir o resultado de tudo isso.
Porém, antes de tudo, vamos ao ponto: "enredo". Brink conta a história de uma cidade chamada The Ark que inicialmente, pretendia ter 5.000 habitantes, mas acabou por ter 50.000. Com isso, os recursos da cidade foram se esgotando, e isso ocasionou uma divisão da Ark, onde metade dela era governada pelos líderes e a outra, pelos rebeldes do grupo Resistance, tudo isso é contado de maneira excelente num vídeo quando você inicia o game pela primeira vez, e que causa uma primeira impressão muito boa.
Mas, o foco de Brink não é no singleplayer, mesmo que a história tenha potencial. Então, se você não puder se conectar ao Steam, Xbox Live ou PSN, esse título não será uma boa escolha.
Brink tem muito de Team Fortress 2. Algumas classes, armas e a maneira de como algumas coisas são executadas são bem ao estilo de TF2, jogo lançado em 2007 pela Valve, acabou incluído também no pacote The Orange Box.
O modo single foge do comum, pois faz com que você se sinta dentro de uma partida multijogador, por diversas características que até então eram praticamente exclusivas desse modo. Por exemplo: quadro de pontuações, poder criar um sala mesmo offline, pontos de respawn e outros. Então, fica difícil distinguir a campanha da diversão multiplayer, porque, no single, o jogador se sente dentro de uma partida, mas com bots (players controlados por computador). A campanha se extende por mais de 5 horas que acabam ficando cansativas, e seu dedo coça para ir logo pro menu e jogar com outras pessoas de carne e osso no online. Mas como o foco de Brink não é o singleplayer, não vamos levar isso muito em consideração.
Bem, então, partamos para o online. Para ingressar na partida, antes você deve definir a aparência e habilidades de seu personagem, e é aí que entra um dos (poucos) diferenciais do game. As opções de customização são muito, muito variadas, no começo, não temos em excesso, mas quanto mais você joga, consegue expandir muito suas possibilidades.
Sua escolha de roupas e etc não afetam no desempenho físico de seu personagem, mas quando a opção de escolher entre ser magro, médio ou pesado, aí sim. O magro pode correr com mais velocidade e alcançar pontos de interesse com mais agilidade, mas em contrapartida, tem mais danos.
O médio é bem equilibrado e pouco perde em rapidez vs vida, e é também seu aspecto físico inicial. Já o pesado permite que você vire um tanque de guerra, mas comprete muito sua rapidez, te deixando mais vunerável. Além disso, há variados tipos de armas e habilidades, que misturam Call of Duty com características próprias a Bethesda adiciou ao título.
Lembra que anteriormente disse que Brink tem relações com Team Fortress? Então, é nas classes que isso fica mais claro ainda, já que as mesmas consistem nas funções que TF2 impôs ao mundo dos games, porém, aqui estão mais concentradas, permitindo que o jogo tenha só 4 classes, e não 9, como o game da Valve.
Elas são: Médico, Soldado, Agente, Engenheiro
O soldado é mais resistente e pode carregar consigo armas pesadas e bastante munição, mas são bem lentos.
Quem joga como Engenheiro pode instalar sentinelas, arrumar máquinas e ter uma velocidade média.
Já o Médico pode curar parceiros, mas não tem armas muito desenvolvidas à seu alcance.
E finalmente, o Agente, que tem funções de espionagem, andam pisando de leve e são equilibrados no quesito armamento.
Depois de tudo isso, jogar o multiplayer será divertido, mas não inovador. Uma das poucas diferenças é o modo de como Brink consegue te compensar pelos seus atos. A experiência não é ganha quando o inimigo morre, e sim, acumulada de acordo com seus tiros, nunca tornando a partida injusta, como ocorre em alguns outros FPS´s. Não só isso, mas a função de ganhar EXP por cobrir o amigo e outros, são bem inteligentes.
Além dos modos single e multi, Brink ainda conta com um adicional chamado Challenges (Desafios), que tem específicos mapas e inimigos que podem ser detonados juntamente com um amigo, infelizmente, só usando internet. Se a Splash Damage divesse colocado a opção de tela dividida, seria muito bem vinda.
A parte gráfica está na média, é até aceitável, mas a partir do momento que os produtores prometem gráficos com qualidade boa, fica complicado. A maioria das texturas estão bem mal feitas e as mesmas demoram para carregar, além de quedas na taxa de frames por segundo acontecerem de vez em quando.
O áudio está aceitável, mas falha em alguns momentos. Como quando uma granada é lançada, o som produzido não é dos melhores, e alguns recursos que a produtora tentou colocar como diferencial, que é uma caída no som quando algo explode perto de você, acabou ficando medíocre, sem bom acabamento.
Mas as músicas são até interessantes, e o som das armas de fogo correspondem com as propostas da Bethesda. Não é nenhuma trilha de Gears of War ou Metal Gear, mas agrada.
Enfim: Brink não cumpre tudo o que promete e acaba ficando como jogo inacabado. A modelagem de cada personagem está legal, com um ar de cômico, mas as texturas mal definidas, a jogabilidade é recompensadora e o áudio é bom. Mas, acima de tudo, vale lembrar que várias promessas ficaram esquecidas e um bocado de ideias, mal executadas. Quem gosta de jogos online pode até se interessar, mas não à preço de lançamento, ainda mais quando temos Team Fortress e companhia.
Apresentação: 6.0
Gráficos: 6.0
Jogabilidade: 7.5
Áudio: 7.5
Diversão: 7.0
NOTA FINAL: 6.5
Análise feita por: Pedro Galani
Versão analisada: PC
Data da análise: 14/05/2011
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